sábado, 21 de dezembro de 2013

Helicoverpa armigera é identificada em Alagoas

A Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Agência Defesa Agropecuária Estadual de Alagoas (Adeal) acompanhou, na sexta-feira (13) a destruição de uma área de plantio de feijão com suspeita de ter sido atacada pela lagarta Heicoverpa armigera. A ação foi realizada em uma área de 10 hectares, no povoado de Genipapo, município de Limoeiro de Anadia. Contudo, a praga realmente trata-se da lagarta Heicoverpa armigera, conforme foi confirmado pela Eng. Agrônoma Jakeline Santos (Doutoranda em Proteção de Plantas da UFAL) em entrevista à Gazeta deAlagoas.

Click aqui para assistir a entrevista Eng. Agrônoma Jakeline Santos (Doutoranda em Proteção de Plantas da UFAL) à Gazeta de Alagoas.



O que é?
Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão.



Por que essa praga é tão preocupante para os produtores?
A Helicoverpa armigera apresenta cinco características importantes:
• alto grau de polifagia, atacando várias espécies de interesse econômico, mas também hospedeiros selvagens;
• alta capacidade de dispersão dos indivíduos voadores (mariposas);
• alto potencial biótico, ou seja, elevada capacidade de reprodução e sobrevivência;
• potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas;
• plasticidade ecológica, ou seja, alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo.

Quais culturas podem ser atacadas pela lagarta?
Existem relatos de mais de cem espécies de plantas que podem ser hospedeiras e atacadas pela Helicoverpa armigera, inclusive culturas comerciais, como feijão, soja, algodão, milho, tomate, cana-de-açúcar e amendoim.

Como a Helicoverpa armigera chegou ao Brasil?
Ainda não há informações sobre isso. Um grupo de pesquisa liderado pela Embrapa atuou na identificação da espécie da praga e na proposição de medidas de controle. Novos estudos de DNA estão em andamento para identificar a origem das lagartas encontradas no País. Isso é importante para ampliar o conhecimento sobre essa praga, que resulte em práticas de manejo mais eficientes.

Quando foram registrados os primeiros relatos de ataques da lagarta?

Em dezembro de 2012, a Embrapa recebeu solicitações de agricultores sobre uma lagarta que não conseguiam controlar. A partir daquele momento, a primeira atitude foi saber qual era o problema. Algumas hipóteses foram levantadas: poderia se tratar de uma espécie que se tornou resistente à tecnologia transgênica, ou poderia ser a lagarta da espiga do milho, Helicoverpa zea, que já existia no Brasil e que estaria fora de controle, ou, ainda, poderia ser a Helicoverpa gelotopoeon, vinda da Argentina.

Para maiores informações sobre a Helicoverpa armigera, acessar o site da EMBRAPA (http://www.embrapa.br/alerta-helicoverpa)

FONTE: Ministério da Agricultura (http://www.agricultura.gov.br/combatehelicoverpa)

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