A Gerência de
Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Agência Defesa Agropecuária Estadual de
Alagoas (Adeal) acompanhou, na sexta-feira (13) a destruição de uma área de
plantio de feijão com suspeita de ter sido atacada pela lagarta Heicoverpa
armigera. A ação foi realizada em uma área de 10 hectares, no povoado de
Genipapo, município de Limoeiro de Anadia. Contudo, a praga realmente trata-se
da lagarta Heicoverpa armigera, conforme foi confirmado pela Eng. Agrônoma Jakeline
Santos (Doutoranda em Proteção de Plantas da UFAL) em entrevista à Gazeta deAlagoas.
Click aqui para assistir a entrevista Eng. Agrônoma Jakeline Santos (Doutoranda em Proteção de Plantas da UFAL) à Gazeta de Alagoas.
O que é?
Helicoverpa
armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido
produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos,
principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão.
Por que essa praga é tão preocupante para
os produtores?
A Helicoverpa
armigera apresenta cinco características importantes:
• alto grau de
polifagia, atacando várias espécies de interesse econômico, mas também
hospedeiros selvagens;
• alta
capacidade de dispersão dos indivíduos voadores (mariposas);
• alto
potencial biótico, ou seja, elevada capacidade de reprodução e sobrevivência;
• potencial de
desenvolvimento de resistência a inseticidas;
• plasticidade
ecológica, ou seja, alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes, climas
e sistemas de cultivo.
Quais culturas podem ser atacadas pela
lagarta?
Existem
relatos de mais de cem espécies de plantas que podem ser hospedeiras e atacadas
pela Helicoverpa armigera, inclusive culturas comerciais, como feijão, soja,
algodão, milho, tomate, cana-de-açúcar e amendoim.
Como a Helicoverpa armigera chegou ao
Brasil?
Ainda não há
informações sobre isso. Um grupo de pesquisa liderado pela Embrapa atuou na
identificação da espécie da praga e na proposição de medidas de controle. Novos
estudos de DNA estão em andamento para identificar a origem das lagartas
encontradas no País. Isso é importante para ampliar o conhecimento sobre essa
praga, que resulte em práticas de manejo mais eficientes.
Quando foram registrados os primeiros
relatos de ataques da lagarta?
Em dezembro de
2012, a Embrapa recebeu solicitações de agricultores sobre uma lagarta que não
conseguiam controlar. A partir daquele momento, a primeira atitude foi saber
qual era o problema. Algumas hipóteses foram levantadas: poderia se tratar de
uma espécie que se tornou resistente à tecnologia transgênica, ou poderia ser a
lagarta da espiga do milho, Helicoverpa zea, que já existia no Brasil e que
estaria fora de controle, ou, ainda, poderia ser a Helicoverpa gelotopoeon,
vinda da Argentina.
Para maiores informações sobre a Helicoverpa armigera, acessar o site da EMBRAPA (http://www.embrapa.br/alerta-helicoverpa)
FONTE: Ministério da Agricultura (http://www.agricultura.gov.br/combatehelicoverpa)
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