sexta-feira, 22 de março de 2013

FALTA DE CHUVA PREOCUPA PARQUE CITRÍCOLA EM ALAGOAS


“INPE, ALERTA QUE O NORDESTE PODE TER REDUÇÃO DE CHUVA EM 40% ABAIXO DO NORMAL”

Figura 1. Pomar de laranja sob forte estresse hídrico em Santana do Mundaú. Fonte: Os autores (2013).
Dados publicados em fevereiro de 2013 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE alertam que o trimestre que inicia em março e termina em maio de 2013, indica provável ocorrência de chuvas abaixo da faixa normal, estimado em 40% para quase toda da Região Nordeste. Contudo, seguida pela probabilidade de 35% de ocorrência de chuvas na categoria normal e 25% de probabilidade na categoria acima da normal.

Ainda segundo o INPE, o motivo são as águas superficiais que continuam mais frias que o normal na faixa equatorial, desde a costa oeste da América do Sul até o setor central do Pacífico, episódio que está associado ao fenômeno El Niño-Oscilação Sul. Assim, influenciando a distribuição de chuvas, especialmente sobre o Nordeste do Brasil, no decorrer do próximo trimestre, conforme sinaliza os modelos de previsão climática.

Estado de Alagoas é o maior produtor nacional de laranja lima (Citrus sinensis (L.) Osbeck) e vem sofrendo bastante o efeito da estiagem. A região do “Vale do Mundaú” forma o parque citrícola, composto pelos municípios de Branquinha, Ibateguara, São José da Laje, União dos Palmares e Santana do Mundaú, conforme pode ser observado na figura 1 (FERREIRA et al., 2012). Esta região demonstra claros sinais de redução da produção de laranja, morte de plantas e morte de mudas, causando grandes prejuízos aos produtores e a economia de Alagoas.
Figura 2. Municípios que integram o vale do mundaú em Alagoas e em destaque o município de Santana do Mundaú. Fonte: Os autores (2013).
O Município de Santana do Mundaú concentra a maior área cultivada com laranja lima (Citrus sinensis (L.) Osbeck), responsável por 90% da produção estadual (FERREIRA et al., 2012). Contudo, a súbita falta de chuvas tem preocupado o setor, pois a escassez hídrica vivenciada tem comprometido o desenvolvimento das plantas e as futuras safras. Contudo ainda é cedo para estimar a queda na produtividade, mas expecula-se que a produção será menor que os anos anteriores.
Figura 3. Série histórica de precipitação do Município de Santana do Mundaú-AL.
Espera-se que a partir deste mês de março as precipitações sejam mais intensas e frequentes, pois conforme dados da série histórica de chuvas de Santana do Mundaú-AL, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (Figura 3), os meses de abril (169 mm), maio (191 mm), junho (197 mm) e julho (228 mm) são os mais chuvosos, sendo também esperado algo entorno de 119 mm de chuva para o mês de março, contribuindo para redução dos drásticos efeitos da seca em nossa região. Entretanto, vale resaltar que estamos passando por um período anormal de chuvas, podendo ter comportamento totalmente diferente dos dados da séria história de precipitação.

Fontes consultadas:

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Disponível em <http://infoclima1.cptec.inpe.br/>. Acesso em 01 de Mar. De 2013.

FERREIRA, E. P.; et al., Citricultura em Santana do Mundaú AL: manejo agrícola da laranja lima Citrus sinensis (L.) Osbeck e os desafios para a sustentabilidade da cultura. Enciclopédia biosfera, v. 8, p. 203-219, 2012.


Autores:

1. José Thales Pantaleão Ferreira
2. Elvis Pantaleão Ferreira

1. Eng. Agrônomo, Doutorando em Agronomia: Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal do Ceará.
2. Especialista em Engª.  Ambiental e Técnico em Agricultura do Instituto Federal do Espírito Santo.

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