terça-feira, 9 de abril de 2013

Falta de investimentos em saneamento básico também contribui para a degradação do rio mundaú em Alagoas

Figura 01 – Lançamento in natura de esgoto doméstico no leito do Rio Mundaú.

O Rio Mundaú abrange os Estados de Pernambuco e Alagoas, esse nasce na cidade de Garanhuns - PE e deságua na laguna mundaú em Maceió - AL. Na porção alagoana este corpo hídrico banha dez municípios, atendendo direto e indiretamente a uma população estimada em pouco mais de um milhão habitantes, seja no abastecimento de água, usos em atividades agropecuárias e industriais.
Vários estudos apontam que a disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos e industriais (lixões) tem contribuído para a contaminação do solo e dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio Mundaú. Propiciando também desconforto a harmonia paisagística, proliferação de vetores e consequente transmissão de doenças infecciosas e parasitárias, podendo levar o homem a inatividade ou reduzir sua potencialidade para o trabalho, entre outros.
Todavia, o alto potencial poluidor da bacia hidrográfica esta associado, sobretudo à ausência de sistemas de tratamento de esgotos das cidades ribeirinhas, que historicamente lançam os esgotos domésticos e industriais no leito do Rio Mundaú e seus afluentes.
A baixa vazão de água escoada na calha do Rio Mundaú tem afetado a autodepuração dos efluentes lançados no rio pelas cidades ribeirinhas, ocasionando o decréscimo no teor de oxigênio na massa de água e consequente comprometimento da fauna aquática.
Pesquisas destacam que diversos municípios alagoanos localizadas na bacia do Rio Mundaú apresentam significativa incidência de esquistossomose, que é uma doença transmissível, parasitária, provocada por vermes trematódeos do gênero Schistosoma. O Município de Santana do Mundaú em especial, apresenta preocupante índice de indivíduos com esquistossomose.
Este acometimento, esta estreitamente associada ao uso da água do Rio Mundaú para lançamento in natura de esgotos domésticos por vários municípios, e usos desse recurso hídrico para banho, lavagem de louças e área de laser em constante exposição ao parasito. Além da inexistência de banheiros em muitas áreas rurais e o comportamento cultural de algumas pessoas que evitam utilizar banheiros.
Diante desse cenário, é importante que os órgãos governamentais unam esforços no sentido de implementarem eficazes planos e projetos que visem a curto é médio prazo equacionar os problemas de ordem sanitária e ambiental na bacia hidrográfica do Rio Mundaú. Promovendo mediante gestão ambiental integrada e participativa o uso sustentável desse recurso hídrico, bem estar social e melhorias na qualidade de vida destas populações que aí residem.

Fontes Consultadas

FERREIRA. E. P.; et al., desafios para a gestão da bacia hidrográfica do Rio Mundaú - diagnóstico ambiental de trechos da bacia localizada no estado de Alagoas. Revista Enciclopédia Biosfera. v.8, N.14; p. 1134 – 2012.
PALMEIRA, D. C. C.; et al,. Prevalência da infecção pelo Schistosoma mansoni em dois municípios do Estado de Alagoas. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 43, n. 3, Jun. 2010.

Autores:
1. Elvis Pantaleão Ferreira
2. José Thales Pantaleão Ferreira

1. Especialista em Engª.  Ambiental e Tecnólogo em Saneamento Ambiental.
2. Engº. Agrônomo, Doutorando em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará.

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