terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cadeia produtiva da Laranja movimenta R$ 13 milhões

Arranjo produtivo reúne 2.500 agricultores familiares organizados em cooperativa e em 40 associações
 
Fotos: Paulo Rios

Com uma estratégia de atuação voltada a mobilizar ações coletivas e integradoras para gerar renda e emprego, direcionados para a promoção do desenvolvimento dos micros e pequenos negócios, o Arranjo Produtivo Local da Laranja no Vale do Mundaú ostenta uma produção de 112 mil toneladas por ano, com uma renda anual de R$ 13 milhões.

Coordenado pelo governo de Alagoas, por meio da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (Seplande) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Microempresas (Sebrae), o APL Laranja do Vale do Mundaú conta ainda com a organização parceira da Cooperativa dos Produtores de Plantadores de Laranja de Santana do Mundaú (Cooplal) e mais 40 associações de produtores familiares.

De acordo com a gestora do APL Laranja do Vale do Mundaú Leila Flávia, o programa iniciou suas ações em 2009 e vem desenvolvendo atividades para a sustentabilidade do agronegócio produtivo da cadeia da laranja lima na região. “A missão do APL é promover o aumento da produtividade, da qualidade do fruto, da sustentabilidade sócio-econômica e ambiental, na busca de novos mercados”, explica Leila.

Além do suporte técnico e financeiro ofertados pela Seplande e o Sebrae, os produtores familiares que estão dentro da abrangência do APL Laranja do Vale do Mundaú também já dispõem de uma máquina beneficiadora, utilizada para lavar e selecionar laranjas. 

packing house, galpão onde o equipamento funciona, na sede da Ceasa, em Maceió, é responsável pelo beneficiamento da laranja adquirida com financiamento da Agência de Fomento de Alagoas (Afal). “Graças ao apoio do governo de Alagoas e do Sebrae, a Cooplal tem conseguido bons resultados nos negócios e possibilita geração de emprego e renda na comunidade de Santana do Mundaú e na região”, afirma Antonio Carlos, produtor e presidente da cooperativa. Ele constata ainda que o Programa APL Laranja do Vale do Mundaú tem um grande poder de articulação, o que garante lucratividade e amplia o mercado.

Cícero Ricardo, produtor de Santana do Mundaú há 10 anos, mantém uma área de cultivo de laranja de seis hectares e faz um comparativo da sua produção e lucro antes e depois da implantação do APL da Laranja na região. “Nos primeiros anos de cultivo e produção sempre minha colheita foi da ordem de 150 mil laranjas por safra”. 

Ele explica que sua renda sempre ficou na média de R$ 4 mil por safra. A realidade hoje é diferente. Cícero tem conseguido uma renda por safra de R$ 7 mil. “Com a mesma produtividade da laranja por safra, minha renda quase que dobrou”, comemora o produtor. A explicação para o ganho, afirma Cícero Ricardo, está no apoio do governo de Alagoas e do Sebrae aos cursos de capacitação de que participou, como melhoria do pomar, negócios e finanças e manejo com herbicidas. O produtor Cícero informa ainda que toda a sua produção é comercializada com a Cooplal, da qual é um dos fundadores e atual tesoureiro.

A Cooperativa dos Produtores de Plantadores de Laranja de Santana do Mundaú (Cooplal) possui cerca de 2.500 agricultores familiares, organizados em 40 associações. Alagoas é o terceiro maior produtor de laranja do Nordeste e o maior produtor de laranja lima do país. O município de Santana do Mundaú compõe o Território da Cidadania da Mata Alagoana e o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável - DRS do Banco do Brasil.

De acordo com dados levantados pelo APL e Cooplal, a compra de laranjas lima nesse ano pela CONAB, no município de Santana do Mundaú, foi de aproximadamente R$ 2.2 milhões. São 8 mil hectares cultivados com laranja lima. A sede do APL Laranja se encontra no município de Santana do Mundaú numa parceria com a Cooperativa dos Produtores de Laranja (Cooplal), Branquinha, Ibateguara, São José da Laje, Santana do Mundaú e União dos Palmares, e tem como ação governamental dinamizar o agronegócio de laranja lima no Vale do Mundaú, promovendo o aumento da produtividade, da qualidade do fruto, da sustentabilidade socioeconômica e na busca de novos mercados.

FONTE:  Ronaldo Lima - AGÊNCIA ALAGOAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário