sábado, 27 de abril de 2013

FOME E FALTA DE ALIMENTOS



Será que existe alguma relação entre a fome e a falta de alimentos ao redor do planeta? Será que existe uma crise de alimentos no mundo que justifique a fome de milhões de pessoas?

Sem sombra de dúvidas, a fome é um dos acontecimentos, se não o maior de todos, que assola e prejudica uma parte considerável da população mundial, ela (a fome) mata mais que a malaria, tuberculose e AIDS juntos, segundo relatório da ONU. Segundo dados da FAO, organização das nações unidas que combate a fome no mundo, nós convivemos com 870 milhões de famintos, ou seja, a cada oito pessoas, uma passa fome. A fome não faz parte do mundo moderno, nem do processo de desenvolvimento, como esbravejam muitos “intelectuais”, portanto, não se pode tolerá-la como parte do processo de crescimento de países emergentes como, por exemplo, o Brasil, pelo contrário, ela é uma forma de privação de liberdade, liberdade do direito de sobreviver que impede o individuo de constituir família, trabalhar e contribuir para a prosperidade de seu país ou região. A falta de ter o que comer é uma moléstia que deve ser eliminada de vez, para o bem de milhões de pessoas.
Fonte: http://valberlucio.wordpress.com/2011/10/17/dia-mundial-da-alimentacao-onu-pede-esforco-mundial-para-combate-a-fome/

Mas então o quê provoca a fome?

É importante compreender que não é a falta de alimentos o responsável pela quantidade absurda de pessoas que passam fome por todo o planeta. Não existe nenhuma crise relacionada à produção de alimentos que possa ameaçar a nossa sobrevivência, pelo menos no curto prazo. Há que se entender que a expansão ou retração de alimentos varia ao longo do tempo, devido a estímulos na sua produção, ou fenômenos naturais que por ventura reduz a produção de alimentos em determinados períodos do tempo e em determinadas regiões do planeta, e isso acarreta numa flutuação dos preços dos produtos agrícolas que invariavelmente provocam perdas no poder de consumo de uma parte da população menos privilegiada financeiramente.

Tomando emprestado o que exemplifica o prêmio Nobel de economia, o indiano Amartya Sen, a fome no mundo não é por falta de alimentos, e sim por falta de renda para comprar comida. O que o economista quer dizer é que mesmo estando rodeados de alimentos, sem renda, não há como obter comida necessária para a nossa sobrevivência, a não ser que sejamos beneficiados por alguma alma caridosa ou que possamos produzir nossa própria comida. Indo mais adiante no comentário de Sen, além da falta de renda, outro problema grave e que deve ser solucionado a curto ou médio prazo é a má distribuição da produção de alimentos, onde se sabe que a maior fatia da produção está locada nos países ricos e com grande poder tecnológico e financeiro, além de recursos naturais abundantes para atender suas necessidades no que se refere à produção de alimentos para sua subsistência, ficando os países pobres com as migalhas, como os países localizados no Chifre da África, por exemplo, que além da pobreza extrema, sofre com catástrofes referentes à secas prolongadas e falta de auxilio das autoridades competentes ou dos órgãos internacionais de combate a fome. A alternativa para a resolução do problema da fome no mundo, além de assistência técnica, é a adoção de políticas de incentivos a produção e inserção tecnológica e de modernização da agricultura para que países menos favorecidos possam produzir seus próprios alimentos, sem necessitar da generosidade dos países ricos.

O Brasil pode-se considerar modelo de combate a fome nos últimos anos, devido às políticas de eliminação da miséria, que tiraram 28 milhões de pessoas de um estado de calamidade para uma situação de vida mais digna, graças a políticas de transferência de renda, dando poder de compra a uma parte considerável da população com uma demanda reprimida e que hoje goza do direito de ter o que comer, além da geração de emprego e políticas de modernização e fortalecimento da agricultura familiar, mostrando que se podem combinar políticas sociais com crescimento econômico.

O Brasil e o mundo ainda estão longe de acabar definitivamente com a fome de milhões de seres humanos castigados pela desigualdade social e pela indiferença dos países ricos e privilegiados, que viram a cara para as necessidades e o pedido de socorro de uma parcela da população mundial que sofre com a falta das mínimas condições de sobrevivência, devido à incapacidade ou incompetência de seus governantes de adotar medidas para evitar ou remediar o desespero que mata centenas de milhões de pessoas por todo o planeta pelo simples fato de não ter o direito de ter o que comer, além de uma dose de azar devido às intempéries da natureza que é cruel e maltrata certas regiões do planeta, pela falta de água, de solos férteis e de condições para produzir seu próprio alimento.

AUTOR:

Alonso Barros da Silva Jr.
Engenheiro Agrônomo - Mestrado em Economia Aplicada- FEAC/UFAL


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