Cachaça Gogó da Ema é um dos produtos da Aprocal
Produto genuinamente brasileiro, a cachaça é um dos símbolos da história popular do país e leva um pedaço da nossa cultura para os quatro cantos do mundo. E por conta da ligação histórica com a cana-de-açúcar, Alagoas não poderia ficar de fora dessa rota. Através dos seus alambiques que dão origem a cachaças artesanais de qualidade, dos mais variados tipos e sabores, o Estado se coloca como um dos principais produtores da região Nordeste.
Com o apoio do Governo do Estado, a Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique e outros Derivados da Cana de Açúcar (Aprocal) trabalha para que essa produção se consolide, firmando o nome dos alambiques alagoanos no rol das principais cachaças nacionais.
“Alguns países e regiões se notabilizaram pela produção de suas bebidas nacionais, que ganharam mercado e reconhecimento. A cachaça brasileira, particularmente a alagoana, traz um importante traço da nossa cultura sucroalcooleira e merece apoio técnico para ser cada vez mais produzida e comercializada de modo organizado”, argumentou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.
Composta pelos engenhos Brejo dos Bois, Cachaça das Alagoas, JG, Engenho Nunes, Gogó da Ema e Gameleira, a Aprocal foi criada em 2009 com intuito de fazer com que a cachaça alagoana ganhasse visibilidade e os produtores pudessem expandir seus negócios.
Para isso, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), através do Sebrae Alagoas, deram suporte à Associação para a elaboração do seu planejamento estratégico, que vem sendo executado desde o ano passado.
Outros dois alambiques – Reserva de Marechal e Caraçuípe – passarão a funcionar até o primeiro semestre de 2012, fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva. Somados, eles terão capacidade de produção de aproximadamente 250 mil litros de cachaça por ano. Esse valor supera os dos outros seis alambiques juntos, que é de 230 mil.
De acordo com o presidente da Aprocal, Francisco Beltrão, o apoio oferecido pelo Governo do Estado, Sebrae/AL e outras entidades representativas é fundamental para fomentar a produção de cachaça de alambique em Alagoas.
“A Aprocal necessita dessa participação direta das entidades para ficar cada vez mais fortalecida. Esse apoio é fundamental na construção de um processo que visa promover o desenvolvimento da cadeia produtiva. Precisamos unir forças em prol de um setor que pode crescer muito e oferecer bons resultados à economia alagoana”, explica Francisco Beltrão.
Esse suporte está sendo oferecido em feiras, exposições que a Associação dos Produtores de Cachaça de Alambique e Outros Derivados da Cana de Açúcar participa para promover seus produtos. Além dessas convenções nacionais e internacionais, a Aprocal costuma estar representada em eventos locais de grande porte.
Francisco Beltrão explica que, atualmente os produtos do alambiques do Estado ganham a definição de cachaça artesanal, pois ainda não contam com o selo de Inscrição de Propriedade Industrial (IPI). Esse registro autoriza a comercialização em grande escala e possibilita a exportação do produto.
As cachaças alagoanas podem ser encontradas em bares, restaurantes, supermercados e na Feirinha do Artesanato, na praia de Pajuçara, contando com uma boa receptividade dos apreciadores da bebida, por conta da qualidade da produção. Francisco Beltrão fala da necessidade de criar um vínculo entre o povo alagoano com a cachaça produzida nos alambiques do Estado.
“Muitas pessoas se surpreendem com a qualidade da cachaça produzida em Alagoas. A sociedade precisa ter conhecimento de que a cachaça feita nos principais alambiques do Estado não fica atrás de outros grandes centros produtores do país, como Minas Gerais. Conquistar o mercado interno é o primeiro passo que a Aprocal deseja alcançar”, explica.
Fonte: Agência Alagoas
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