Estado é o terceiro maior produtor de coco do Brasil.
Com tanta matéria-prima disponível, o ganho é garantido.
O valor comercial e nutritivo da água de coco e da polpa do fruto, não é novidade, mas e o restante?
Com tanta fruta disponível, dá para imaginar a quantidade de resíduo que seria jogado fora.
Nas cidades litorâneas, como Fortaleza, os resíduos do coco representam 70% do lixo que fica depositado nas orlas, por isso é tão importante incentivar as parcerias com indústrias que fazem o beneficiamento.
A aposta é no valor agregado de outros produtos extraídos a partir da casca do coco. Há 10 anos, uma bioindústria no litoral do Ceará beneficia aproximadamente 300 caminhões de casca seca recolhidos dos produtores da região.
Dois produtos podem ser extraídos: o substrato e a fibra, que rende por mês 150 toneladas. Um equipamento foi desenvolvido especialmente para separar os dois componentes. A fibra passa por um processo simples e já pode ser comercializada. O principal uso é na jardinagem.
Já o substrato precisa ser moído e peneirado para ser transformado em mantas empregadas em diversos segmentos, como revestimentos de painéis de carros e forros de bancos e como isolante térmico e acústico na construção civil. Depois de lavado e enriquecido com nutrientes, o substrato pode ser usado também em bandejas de germinação ou em vasos, xaxins e tubetes, que substituem os saquinhos de mudas.
Com a proposta de discutir a cadeia produtiva da fruta e o beneficiamento da casca, Fortaleza sedia, esta semana, a Feira Nacional do Coco.
Adriano Albuquerque, agrônomo da Embrapa e palestrante da feira, fala sobre a importância da utilização do substrato do coco na agricultura.
Fonte: Globo Rural
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