segunda-feira, 11 de julho de 2011

MEU ADEUS À PROFESSORA NICE

Teresinha Cardoso – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santana do Mundaú - Alagoas.

 Encontro-me aqui movida pelas lembranças.  Recordo uma música da cantora Vanusa -Manhãs de Setembro: ‘FUI EU EM NUMA TARDE SE FEZ TARDE DE TRISTEZA. FUI EU QUE CONSEGUIU FICAR E IR EMBORA” .Estou chegando de uma despedida inesperada. Deixei a minha amiga Nice no repouso eterno.

 Por quê não se vê a ida à eternidade  como algo normal(?).  Penso não ser racional a perda de quem se quer bem. Fui muito próxima do casal Cláudio e Nice. As entradas do Novo Ano sempre me encontrava em sua residência, ou melhor, em sua calçada. A gente festeja o  Novo Ano. As Festas Juninas estava lá outra vez. Ria por demais quando a Nice dizia:” cala a boca Claúdio”. Isto quando o Cláudio desandava no falar chuvas de piadas e causos E o Cláudio parava? Não. Falava. Ria. A alegria tomava conta de nós.

 Às vezes recebia a Nice , a Salete e a Osani  em minha casa. E a Nice olhava para mim confiante, e reforçava a pergunta: Teresinha (era assim mesmo que ela me chamava), a gente vai voltar mesmo para o trabalho? O concurso vai mesmo voltar? Olhava para ela com ternura e dizia: coragem, a gente vai voltar.  Ansiosa retornava o questionamento.  Ríamos todas. Não havia data. Havia só a esperança que a justiça fosse feita.

 Aconteceu a reintegração. No final de janeiro, numa bela tarde a encontro na prefeitura. Falou da dificuldade na visão. Da real impossibilidade de trabalhar. Não olhei em seus olhos, pois os meus  refletiam angústia.  Volto  à canção: “ fui eu em numa tarde se fez tarde de tristeza”
 Fica o meu adeus à Professora Cleonice Cordeiro. Minha amiga Nice. E assim vão os dias entre o nascer e o partir. Meu carinho ao Cláudio e a  Ana Cláudia, extensivo à família.

Um comentário:

  1. Thales. Obrigada por postar as minhas considerações a respeito do falecimento da Nice.Fomos vizinhas por uma longa data. Deixamos de ser, quanto tivemos as nossas casas destruídas pela grande enchente de 18 de junho de 2010.
    Meu afetuoso abraço.

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