“O monitoramento
das chuvas permite o planejamento do plantio, colheita, mecanização, controle
de pragas e doenças, controle de ervas daninha e manejo da irrigação”
Atualmente estamos
vivendo um tempo de escassez de chuvas no Nordeste brasileiro, passamos pela
maior seca dos últimos 30 anos, onde morreram muitos animais e ocorreram incalculáveis
perdas agrícolas (SUZANNE, 2012).
A região do Vale do
Mundaú está geograficamente localizada na Zona da Mata Alagoana, região com
precipitações acima dos 1200 mm anuais, entretanto as oscilações climáticas
recentes têm causado incertezas aos agricultores que amargam perdas na pecuária
e agricultura, especialmente nos cultivos de laranja lima.
Uma das formas
antigas e eficientes de monitorar as chuvas é a utilização de pluviômetros (recipiente
utilizado para quantificar as precipitações), possibilitando ao agricultor saber
quanto choveu em determinado período.
O monitoramento das
chuvas permite ao agricultor tomar decisões em seu planejamento tais como
plantio, colheita, mecanização, controle de pragas e doenças, controle de ervas
daninha e manejo da irrigação entre outras, além de servir de suporte ao
monitoramento do risco de enchentes e ocorrência de secas.
Neste sentido,
abaixo utilizamos a postagem da Defesa Civil de São Bernardo do Campo – SP, com
algumas modificações para atender nossas necessidades, que ensina a fazer um
pluviômetro caseiro.
Como
fazer um pluviômetro caseiro?
1- Pegue uma garrafa pet vazia, que seja reta, sem
curvas – quanto maior ela for, melhor. Corte a parte inferior de forma que
fique no mínimo aproximadamente 10 cm de altura para a água.
2- Encha o fundo com uma mistura de cimento e areia
(proporção 1:3) e deixe imóvel por um dia – em um local bem plano.
3- Cole na lateral um pedaço de régua comum, graduada
em milímetros, ajustando bem o zero com o nível da massa de cimento. Está
pronto seu pluviômetro.
Figura 1. Materiais utilizados na confecção do pluviômetro caseiro. |
Figura 2. Pluviômetro caseiro. |
Como
instalar o pluviômetro?
Coloque o
pluviômetro em um local plano em campo aberto entre 1 e 1,5m de altura. O
aparelho deve ficar longe de qualquer de qualquer obstáculo que prejudique ou
dificulte a coleta da chuva (árvores, casas, currais).
Como usar
o pluviômetro?
Deve ser
observados diariamente de manhã bem cedo (a hora deve fixada pelo operador). Observe
a quantidade de chuva acumulada no pluviômetro e anote – dia e hora, e
o volume coletado em milímetros.
A
ausência de precipitações também é um importante valor a ser anotado
(registrado).
Atenção: após
cada medição, esvazie o pluviômetro.
Como usar
os valores medidos?
Cada 1 mm
de chuva acumulado no pluviômetro, indica de choveu 1L de água em uma área de
1m2.
EX:
Segundo a
média histórica de precipitação de Santana do Mundaú-AL:
O mês de
abril chove 169 mm =
169 litros de água em uma área de 1m2.
Se puder
faça um caderninho: “DADOS PLUVIOMÉTRICOS” – Local: endereço onde está o
pluviômetro – Resp.: seu nome.
Observação:
Precedendo qualquer ação, o mais importante é a informação – no caso, saber
quanto realmente choveu. Lembre-se que é uma informação muito
importante – uma coisa muito séria! *
* Se você
fizer o 'caderninho' sugerido, e o preencher regularmente, ele poderá ser um
material 'valioso' (para estudos, projetos, decisões).
Fontes
consultadas:
Defesa
Civil de São Bernardo do Campo – SP.
Disponível em: http://dcsbcsp.blogspot.com.br/2011/07/pluviometro-de-garrafa-pet-como-fazer-e.html , acessado em 09/03/2013.
TUCCI, C. E. M. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4ª
edição, 944p. Porto Alegre, Editora da UFRGS/ABRH. (Coleção da ABRH de Recursos
Hídricos; 4.v).2009.
SUZANNE. C. Seca
no Nordeste é considerada a pior dos últimos 30 anos. JORNAL HOJE, 15/12/2012.
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/12/seca-no-nordeste-e-considerada-pior-dos-ultimos-30-anos.html
, acessado em 15/03/2013.
Autores:
1. José Thales Pantaleão Ferreira
2. Elvis Pantaleão Ferreira
1. Eng. Agrônomo, Doutorando em
Agronomia: Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal do Ceará.
2. Especialista em Engª. Ambiental e Técnico em Agricultura do
Instituto Federal do Espírito Santo.
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